10 fevereiro 2008

4 meses, 3 semanas e 2 dias


O cinema romeno trás-nos, desta vez, uma história que nunca deveria ser contada.

A 2 anos da queda do comunismo na Roménia, 2 estudantes universitárias dividem um quarto no dormitório e o segredo da gravidez de Gabita (Laura Vasiliu), uma das 2 estudantes. Para solucionar o problema, Otilia (Anamaria Marinca), companheira de quarto de Gabita, aluga um quarto de hotel durante 3 dias para que Mr.Bebe (Vlad Ivanov) faça um aborto ilegal a Gabita. Mas a situação complica-se quando este descobre que a gravidez está mais avançada do que julgava, exigindo um preço mais alto, preço esse que ambas as amigas não estavam preparadas para pagar.

A veracidade da situação é compreendida não só pela representação dos actores que retratam de forma notória o espírito e temperamento das pessoas de leste durante a época, mas também pela realização de Cristian Mungiu. O trabalho deste realizador tem-se concentrado num projecto com vários outros filmes que pretendem passar ao público de forma subjectiva o que se vivia no período comunista. Pode-se afirmar essa subjectividade tanto através dos argumentos ecolhidos como através dos planos utilizados. Planos de câmara subjectiva com apenas um ponto de focagem que aproximam a estéctica do filme à captada pelo olho humano. O espectador identifica-se assim como alguém que observa as acções de uma personagem, Otilia, que conduz todos os momentos com a sua presença.

"4 meses, 3 semanas e 2 dias" é realmente um filme digno da Palma de Ouro recebida na edição do Festival de Cannes do ano passado. Este filme é ainda, também, a prova que o cinma da Europa de Leste está a ganhar terreno em toda a Europa tendo primeiramente os festivais como montra principal.

4 comentários:

MandragoraFreak disse...

uuh, mas q crítica catita =)

Anônimo disse...

o fundo tem complexos

MandragoraFreak disse...

yep

Darknesship disse...

Uhmmm..
Parece-me um filme bastante interessante, tens que mo arranjar para ver..
Ainda me vais conseguir viciar nos teus filmes, e eu viciar-te em musicais!...
Temos que repartir os gostos, não é? hehe..